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Foto do escritorSânia Fagundes

Técnica mista: a mais querida do meu coração

“Seja FODA, o mundo está cheio de gente nota 7. ” Sidney Gusman


A arte é uma expressão na qual o artista leva quase a vida inteira para lapidar e descobrir a sua melhor versão. Hoje em dia, temos vários suportes e técnicas que podem ser desvendados. E é bem comum neste caminho ir sempre ousando e tentando processos novos. O meu lema é sempre explorar!

Desde o tempo das cavernas a necessidade de se expressar está latente na vida do homem. Seja com pigmentos encontrados na natureza ou até mesmo com materiais improvisados, a arte está viva, pulsando entre nós. É preciso soltar nossas impressões e anseios. Isso é fazer uma gentileza para o mundo, além de deixar registrada a nossa história.

De todas as técnicas que já consegui experimentar a mista é uma das minhas favoritas. Na verdade, a técnica mista não é uma técnica em si, mas a mistura de diversas técnicas que se complementam formando uma obra. Por exemplo: em uma ilustração posso misturar aquarela, lápis de cor, esferográfica e nanquim que, juntos, vão formar a peça final.

É o sonho de qualquer artista trabalhar com vários materiais e muitas possibilidades. Se só com lápis de cor já fica lindo, imagina misturar com caneta esferográfica? O resultado fica extraordinariamente maravilhoso! E se for só aquarela com caneta nanquim? Fica com a suavidade da aguada e com a definição da caneta. Fenomenal!

Para descobrir este universo de possibilidades fiz um curso com o Eduardo Vieira. Me encantei pelos os desenhos dele e imediatamente comprei as aulas. Foi a minha primeira experiência com ensino à distância e o resultado me surpreendeu bastante. Senti uma melhora significativa no meu trabalho. Eu que não era nada tecnológica tive que admitir que, sim, é possível aprender online. Como o curso ficou gravado, é bem comum eu voltar nas explicações para me inteirar mais da técnica.

O que devemos ressaltar é que para misturar técnicas, devemos prestar atenção em como combinar os materiais. Concordo com o mago das canetas, Eduardo Vieira, que não importa o material e sim a técnica. Sigo em frente com o meu caminhar de artista que às vezes fica tímido e, às vezes, segue a passos largos.

Pra mim, que gosto de trabalhar em lugares diferentes pra além do meu ateliê, a técnica mista foi sinônimo de versatilidade. Com o tempo, fui construindo um pequeno acervo de materiais que adaptei para a vida nômade. Meu estojo e meu sketchbook são pequenos e fáceis de carregar. A técnica mista me deu a possibilidade de ser muitas coisas e de me reinventar de acordo com as recombinações. Minha junção favorita é: lápis de cor, caneta esferográfica e um pouquinho de marcador.


E você, me conta aqui: já conhecia a técnica mista? Quais materiais você gosta de misturar?


Forte abraço,

Sânia Fagundes

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