“Trabalho é amor tornado visível. ” Khalil Gibran
É com muita alegria que apresento o meu ateliê a todos vocês. Levanto bem cedo e já começo a colocar as ideias no papel. Minha mãe me chama de Tio Vicente, porque o meu tio levanta bem cedinho para trabalhar. O amor pelo trabalho vem de família. Anoto tudo. Sempre tenho um sketchbook por perto e deixo registrado, seja um desenho, um poema ou até mesmo a mistura de uma cor almejada. Essas percepções podem, ou não, virar uma publicação ou até mesmo um quadro.
Trabalho com as cores e com as ideias. E podem ter certeza que uso todos os materiais que estão aqui comigo. Preciso de muitas tintas, canetas, pinceis, cadernos, papeis, telas, garrafas e pedras. Sim, já pintei uma pedra.
Tenho alguns livros como guia e confesso que os consulto quase todos os dias. Acredito que minha missão é levar a arte aonde eu for, independente do formato. E busco cumprir o meu propósito com muita técnica, amor e força de vontade. Sempre tento fazer o projeto da melhor forma possível. Concluir uma série de quadros ou até mesmo um livro é um processo demorado. Requer muita pesquisa e trabalho. É preciso maturar as ideias e refiná-las. Cada
projeto tem o seu tempo.
As vezes minha mesa fica organizada, as vezes fica um verdadeiro caos criativo. Durante a execução do trabalho tem tinta para todo o lado. Quando termino o meu dia faço questão de colocar meus apetrechos nos seus devidos lugares. Deixo todos os pinceis limpinhos e as folhas de papel guardadas.
Aprendi com a Yara Tupinambá a ter um ateliê organizado. Ela me ensinou que você observa o capricho do artista pelo zelo com os pinceis. Alguns materiais são bem frágeis e necessitam de muita atenção. Sem falar que tudo é muito colorido e chamativo, sei que dá vontade de "olhar com a mão". Rsrsrsrsr
Confesso ter ciúmes dos meus queridos lápis de cor. Tenho uma caixa que deixo guardada a sete chaves. Sou humana e bem ciumenta. Humaníssima! Como já falei para vocês, tenho um quadro, o Pele de Pérolas, ao qual sou muito apegada. Sei que não devia ser assim, mas tenho este apreço por ele. Posso até vender o meu autorretrato, mas a minha gueixa pretendo não colocar à venda. Pinto outra, mas essa não vendo. É um amor sem explicação. Como alternativa, fiz um print da imagem, que é meu material mais vendido! Adoro gueixas e elas aparecem em diversos locais do meu espaço de trabalho.
Meu ateliê conta com uma mesa, onde eu produzo a maior parte das minhas coisas. Para quadros maiores, tenho um cavalete. Em cima da mesa, mantenho meus materiais mais utilizados no dia a dia: computador, tablet, lápis de cor, lápis grafite, canetas variadas, sketchbook. Também mantenho algumas coisas para fomentar minha criatividade: minhas pedras, meus objetos divertidos e de valor sentimental.
Nas paredes e no chão, vários quadros espalhados. Todos arrumados e manuseados com frequência. Na parede de frente para a minha mesa eu mantenho pregados os processos em andamento dos meus projetos: designs de personagem, trechos de textos, fragmentos de estudos. Tudo aqui é organizado de acordo com as minhas necessidades e passa por mudanças constantes, afinal cada projeto exige uma demanda diferente.
Espero que tenham gostado de conhecer o meu querido espaço. Quem quiser adquirir um quadro ou até mesmo outro produto é só agendar uma visita.
Vai ser um prazer!
Forte abraço,
Sânia Fagundes
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