“Se não fosse o Van Gogh, o que seria do amarelo?” Mario Quintana
O amarelo sempre me encantou. É uma cor pura, ou seja, primária. É uma das cores mais sensíveis que conheço, não é à toa que tem o verbo amar dentro da sua grafia. Com qualquer interferência o pigmento muda o tom e o propósito. Concordo com Kandinsky, que cada cor tem a sua personalidade. É uma vibração mesclada de sentimentos e de luz.
Pintar um quadro é deixar a alma fluir. Trabalho com os sentimentos das cores e coloco a minha imaginação para funcionar. Tudo me serve de inspiração. Sempre acreditei que Deus é o melhor pintor do universo e, por isso, me inspiro muito no céu. Adoro um pôr do sol, uma noite estrelada ou até mesmo o céu azulzinho da minha cidade.
Estudando pintura no Youtube, aprendi com o Davi Calil que o Van Gogh tinha uma relação direta com a cor amarela. Será que ele tratava as cores como se fossem pessoas? Acredito que sim. Temos poucas cores, mas milhares de tons. São estes que dão grandiosidade a cada obra. Já tive a oportunidade de ir para Amsterdã e vi, ao vivo e a cores, o quadro dos Girassóis. Foi uma mistura de sentimentos e um turbilhão de emoções que custo a colocar em palavras. A mais pura verdade é que tive que me segurar para não colocar a mão na obra. Quanta tinta, quanta luz e quanto amor em uma tela! Por uma fração de segundos comunguei com Van Gogh a paixão pelo amarelo.
Partindo deste interesse pelo pigmento, pintei um díptico (que é uma dupla de quadros) de 60 por 60 cm na cor amarela. Trabalhei com tons variados e usei todas as minhas observações celestiais para desenvolver este projeto. Só podia ser chamado de finitude dourada. Ele está disponível pra levar um pouco da paixão pelo amarelo pro seu lar! Cada um sai a R$900 separadamente mas, levando os dois, o conjunto sai a R$1500. Um presentinho pra quem leu até aqui ;)
Finitude é o que eu sinto quando olho para o céu. Finitude é ter a certeza de que o amanhã pode não chegar. Esta é a única certeza que podemos ter e que, às vezes, fazemos questão de não lembrar. Coloquei o dourado para dar um ar de sofisticação e mesclei com muita tinta.
Se temos que lembrar da nossa incerteza, que tal fazer de cada segundo um verdadeiro presente de Deus? Fico aqui na companhia da minha cor mais sensível e espero que vocês gostem dos meus quadros que são pintados com muito amor e reflexões sinceras.
Forte abraço,
Sânia Fagundes
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