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Foto do escritorSânia Fagundes

Eduardo Vieira: O Mago das Canetas

“O importante não são os materiais de desenho e sim as técnicas. ”

Eduardo Vieira


Será preciso ter folhas de gramaturas especiais, lápis de cor importados, pinceis e tintas da melhor marca possível? Desenhar é a maneira criativa de soltar as ideias no papel, ou até mesmo colocar para fora o que não conseguimos expressar com palavras. Basta levar a linha para passear, misturar um pouco de cor e o resultado está lá, vivo e pronto para ser visto.

Antes de conhecer o Eduardo Vieira, eu achava o trabalho de um ilustrador um sonho bem distante da minha vida. Fiz o curso dele que a Faber-Castell liberou na quarentena, através da plataforma deles. Fiquei chocada com o resultado, estava absolutamente hipnotizada pelas suas ilustrações. Senti um encantamento profundo por aqueles desenhos. Tive que assistir o curso novamente depois, porque no primeiro instante peguei um papel e me pus a desenhar.

Fiquei admirada: como ele conseguia fazer todo aquele efeito com canetas esferográficas - sim estas bem baratinhas que todo mundo tem em casa? Pra mim, era muito inovador. A partir deste dia, repensei o meu modo de consumir materiais de arte. A mais pura realidade é que entendi que precisava era praticar todos os dias, independente do material utilizado. Preencher todo o meu sketchbook e não ter medo de errar.

Comprei mais um curso da Crehana com o Eduardo. Observei atentamente que, além dele ser um expert com as canetas, tinha todo o domínio da teoria das cores, anatomia, gestual. Conhecia vários ilustradores de diversos estilos e estava sempre aperfeiçoando a sua arte. Vi como ele é dedicado aos estudos e antenado às novas criações. Comecei a seguir os seus passos: minha coleção de livros ilustrados foi aumentando na minha estante, me empenhei em desenhar todos os dias, experimentei materiais diversos, passei a acompanhar de perto outros ilustradores.

O trabalho de um ilustrador é este de nunca contentar com o que já se sabe, sempre buscar novas referências, técnicas e materiais. Não é fácil, mas eu sigo na jornada.


Forte abraço,

Sânia Fagundes

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