“A pintura é uma poesia sem palavras. ” Voltaire
Você tem algum desafio que promete para si mesmo que vai conseguir?
Eu tenho e ele se chama aquarela. Amo tintas e pinceis, mas a aquarela é um verdadeiro enigma na minha vida. Gosto de cores fortes e intensas, o que na aquarela não é tão fácil de administrar, e o inesperado das manchas proporcionado pela água me deixa pensativa e muito inquieta.
Já fiz curso de aquarela com o professor Jean Paulo Lopes na Casa dos Quadrinhos, infelizmente parei no meio por causa da pandemia. Também já fiz um workshop com a Lu Simão, com a Helena de Cortez e também com a Raquel Falk. Todos me agregaram bastante recursos e conhecimentos, mas na hora que encontro um papel sempre penso em usar outro tipo de técnica.
Persisto! Acompanho minhas amigas no grupo Urban Sketchers e vejo a naturalidade e confiança com as quais elas soltam a água no papel. Misturam um pouquinho de pigmento e tudo se encaixa no lugar certo. O resultado é de uma leveza só, pura gentileza para o mundo.
Eu já furei muito papel de tanto colocar água, já experimentei vários tipos de pinceis e marcas diferentes de tintas. Agora tento investir em papeis com gramaturas melhores e tintas mais sofisticadas. É uma longa caminhada e sei que sou muito exigente. Como diria minha mãe: exigentíssima! Só gosto de trabalhos muito bem feitos e de coisas muito boas.
Admiro alguns dos meus trabalhos e tento achar um lado positivo nos outros. Já finalizei um sketchbook todo com a técnica da aquarela e já iniciei um novo. Tenho até um autorretrato feito em aguada. Mas confesso que se tiver outro tipo de material nas minhas mãos vou esquecer a aquarela com muita facilidade.
Sigo avante com a intenção de melhorar sempre. Insisto!
E qual é o seu maior desafio? Me conte aqui, vou adorar saber. Aprender é um verdadeiro
processo e precisamos de tempo e experiência com o suporte escolhido para nos tornarmos verdadeiros especialistas. É uma luta constante e diária! Você concorda comigo?
Forte abraço,
Sânia Fagundes
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